Leia a arte e deixa que a arte te conduza a leitura verdadeira do viver.
"A leitura é uma conversação com os homens mais ilustres dos séculos passados. " (René Descartes)
quinta-feira, 2 de maio de 2013
segunda-feira, 19 de março de 2012
sábado, 15 de outubro de 2011
As palavras
As palavras, palavras, palavras
vão, voltam e voam, permanecem e desaparecem.
As palavras, palavras, palavras
trazem união e divisão, vida, amor e morte.
As palavras, palavras palavras
vivem e morrem, se vestem, ficam nuas, preenchem corações e esvaziam-os.
Silenciam
as palavras,
palavras,
palavras...
(Josafá Alecrim de Almeida).
vão, voltam e voam, permanecem e desaparecem.
As palavras, palavras, palavras
trazem união e divisão, vida, amor e morte.
As palavras, palavras palavras
vivem e morrem, se vestem, ficam nuas, preenchem corações e esvaziam-os.
Silenciam
as palavras,
palavras,
palavras...
(Josafá Alecrim de Almeida).
domingo, 28 de agosto de 2011
RESENHA
BALOGH, Anna Maria. In: Algumas observações sobre a ‘Linguagem Televisual.’ Conjunções Disjunções Transmutações. Da Literatura ao Cinema e à TV. 2. Ed. São Paulo: Annablume, 2005.
Anna Balogh possui doutorado em literatura Estrangeira Moderna, mestrado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo, foi colaboradora do jornal O Estado de São Paulo, autora de varias obras voltada para as questões da mídia, discurso da TV, cultura e comunicação, cinema, literatura.
No texto Algumas observações sobre a ‘Linguagem Televisual’, Anna Balogh apresenta e busca elementos para uma melhor compreesão televisual, analisa conteúdos que nos ajudam entender certos processos na TV, como o palimpsesto que é definido pelo autor italiano Lorenzo como: “a televisão não apaga nunca o texto primitivo e as novas Produções não conseguem ocultar as marcas do texto subjacente que pervive além das mudanças políticas e gerenciais.” (pg.143).
Na programação televisiva, os programas são ligados um ao outro principalmente com os que o antecede, dessa forma percebe-se a intertextualidade bem mais na TV do que no cinema, para uma melhor compreensão a esse respeito é preciso procurar ver a TV como uma polifonia de vozes, ou espaço híbrido. A autora comenta também, sobre a “fragmentação, voracidade e serialidade,”, pois a TV faz parte do dia-a-dia das pessoas, a casa destas pode faltar qualquer coisa exceto a TV, contudo as pessoas estão cedendo a esta oferta e consumo que a TV apresenta aumentando cada vez mais a sua voracidade.
Antigamente nos intervalos havia um silêncio ou em alguns segundos a tela ficava preta sem passar nada, hoje o que se percebe é que há um fluxo de programa e na interrupção deste causada pela fragmentação, aparecem os chamados “intervalos comerciais.” No tocante a serialidade Balogh diz: “Para alimentar a voracidade da tv, se criou uma forma industrial de produção: a serialidade.” (pg. 144) O que caracteriza a tv é esta produção em serie, em que nos é apresentado em primeiro plano a novela que, cujo formato é serializado e dramático embora as vezes tem comédia, é a marca registrada do telespectador.
A televisão está o tempo todo preocupado com a audiência, recepção, dessa forma por meio da mesma, se cria mecanismo chamado por alguns teóricos de paraserialidade e o papel dos gêneros se faz importante pois este elemento orienta na formação das intertextualidades das programações. No que tange a Transmutação Televisual que segundo o texto “exige, em geral, uma estratégia de expansão narrativa e discursiva,” há comentários sobre as obras Vidas Secas, romance de Graciliano Ramo e Grande Sertão: veredas, romance de João de Guimarães Rosa esta obra última é visto pela autora como um marco da produção literária e também como uma obra que apresenta um desafio para sua transposição, por conta de ser complexa e cheia de dificuldade no tocante a sua extensão e linguagem.
Entretanto são pontuadas as especificidades de como são feitas as adaptações pelo cinema e pela televisão destas obras literárias (Vidas Secas, Grande Sertão: Veredas) e as implicações de cada uma, portanto percebe-se uma análise mais detalhada a respeito de Grande Sertão: Veredas em que nos é apresentado elementos, como istopias e temas e programas da narrativa, que nos leva conhecer melhor essa trasmutação televisual, tanto na parte das criatividades como nas não realizações desta.
Contudo o texto Algumas observações sobre a ‘Linguagem Televisual’ discorre de forma sintética os conteúdos abordado o que dificulta na melhor compreensão dos mesmos, Balogh fala que o palimpsesto é muito usado e pouco definido e a própria, não traz maiores ou melhores definições, então são estas e outras questões do tipo sintético de mais, que não facilita uma compreensão mais aprofundada a esse respeito, mas, a sua discussão ou análise é pertinente porque nos oferece uma visão intelectual em relação as adaptações fílmicas e principalmente no que se refere a “Transmutação Televisual” ou “Linguagem Televisual.” As novas tecnologias traz consigo as artes fílmicas, minisséries, novelas, cinema e outros textos nos mostrando um novo modo de pensar e oferece uma outra alternativa além do livro que modifica e transmite conhecimento.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
sexta-feira, 4 de março de 2011
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. Em 1945, mais ou menos foi a época em que escreveu a obra A Rosa do Povo...
"No título A Rosa do Povo, a rosa representa a poesia (expressão), das pessoas daquela época. Alvo de admiração inquestionável, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor", Drummond morreu no Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1987.
“A Flor e a Náusea” ( Carlos Drummond de Andrade)
Preso à minha classe e a algumas roupas, Vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo? Posso, sem armas, revoltar-me'?
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre fundem-se no mesmo impasse.
Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova. As coisas.
Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais e soletram o mundo, sabendo que o perdem.
Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.Os ferozes leiteiros do mal.
Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo e dou a poucos uma esperança mínima.
Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia.
Mas é uma flor.
Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.
Uma flor (ou poesia, esperança) que brota da náusea do cotidiano como explicitamente está indicado no título... “Náusea é, com efeito, uma palavra importante no pensamento existencialista tão em voga àquela época, e encontra-se no título de um romance de 1938 de Jean-Paul Sartre, A náusea. E há uma sintonia entre o significado desta palavra na obra do poeta e na obra do filosofo. ((Drummond, 2007. P.10/11)
Um poema em que o eu lírico vive experiências angustiantes, cheio de anseios de mudança, de revolta diante de uma realidade cruel (contexto Segunda Guerras Mundial e Ditadura), mas que ainda lhe resta à esperança mesmo que seja mínima ela existe. Diante da leitura empática em que o mundo vivia o poeta busca estímulo para uma nova escrita, com a necessidade de ir contra as questões existências recorrente. Sentir e pensar a poesia, nesse quadro de idéias marcado por um mundo fragmentado pela guerra e ditadura, é perceber também que o sujeito está dilacerado por uma realidade que não perdoa ninguém, dessa forma o eu lírico acredita que o ódio (terceiro verso da sétima estrofe), a revolta, a dor é o melhor de si e com este estará salvo, pois aos poucos dará uma esperança mínima, esta que parece ser impossível diante de tanta injustiça, morte e horror, sendo assim é necessária uma poesia de resistência que vem através da palavra, soltar um grito de humanidade em nome de uma coletividade desesperada pelo caos, como bem cita Alfredo Bosi em O ser e O tempo da Poesia:
A poesia resiste à falsa ordem, que é, a rigor, barbárie e caos, “esta coleção de objetos de não amor” (Drummond). Resiste ao contínuo “harmonioso” pelo descontínuo gritante; resiste ao descontínuo gritante pelo contínuo harmonioso. Resiste aferrando-se à memória viva do passado; e resiste imaginando uma nova ordem que se recorta no horizonte da utopia”. (.............)
A partir do espaço imaginário o poeta tenta abrir uma saída possível, como sua matéria prima é a palavra, ele procura fazer da mesma, um escudo e uma arma para abrir caminhos de libertação, portanto como diz Bosi “Nostalgia, crítica ou utópica, a poesia moderna abriu caminho caminhando”, embora ela não pudesse fazer, porque não está ao alcance de sua ação simbólica, criar materialmente um mundo novo em que as relações sociais tivessem com base o amor a humanidade, sem ideologias que mascaram a verdade, busca manifestar-se ao seu modo, criando espaços para uma reflexão a respeito do que se está passando no mundo e levando um pouco de esperança aos descrentes.
A flor que simbolicamente vem representar a poesia, epifania ou a esperança, como demonstra no primeiro verso da oitava estrofe em que: “Uma flor nasceu na rua”! Leva a acreditar que, diante de tanto sofrimento, Drummond fez da poesia “a alma de um mundo sem alma” dessa forma o eu lírico do poema nos leva a crê que uma flor pode nascer rasgando o asfalto mesmo que não se percebe a sua cor, e que suas pétalas são fechadas e não podem abrir, mas esta é reflexa ou fruto da náusea do cotidiano.
Na segunda estrofe no terceiro e quarto verso, diz que: “O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera/ O tempo pobre, o poeta pobre fundem-se no mesmo impasse”. É o poeta andando de mãos dada com o tempo e gritando justiça ou expressando a dor da injustiça através da arte poética voltada para um contexto social complexo, no entanto, a poesia passa num processo singular e de tamanha significação e poder, que acaba influenciando na vida do sujeito (leitor), como Bosi fala de forma pertinente: “Projetando na consciência do leitor imagens de um mundo em conflitos e do homem muito mais vivas e reais do que forjadas pelas ideologias, o poema ascende o desejo de uma outra existência, mais livre e mais bela”.
REFERENCIAS:
ANDRADE, Carlos Drummond de, A Rosa do Povo. 38a ed.-Rio de Janeiro: Record, 2007.
BOSI, Alfredo. O SER E O TEMPO DA POESIA..........................................................
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Análise do filme: Como estrelas na Terra Toda criança é especial, na perspectiva de construção de um texto dissertativo, contendo nele uma análise crítica ao Behaviorismo, e por lógica da educação tradicional.
John B.Watson, em um artigo (1913) inaugurou o termo Behaviorismo, que vem do inglês behavior significa comportamento, daí surge outros nomes como teoria do comportamento, análise experimental do comportamento, comportamentalismo. Para uma melhor análise descritiva nesta ciência, os psicólogos behavioristas chegaram aos conceitos de estímulos e resposta. No ensaio sobre O Behaviorsimo texto três diz o seguinte:
“O homem começa a ser estudado como produto do processo de aprendizagem pelo qual desde a infância, ou seja, como produto das associações estabelecidas durante sua vida entre estímulo (do meio) e respostas (manifestações comportamentais)”.
Os teóricos ambientalistas, entre eles Skinner e Watson (do movimento behaviorista), acreditam que as crianças nascem como tabulas rasas, que vão aprendendo tudo do ambiente por processos de imitação ou reforço. A pedagogia tradicional ou diretiva segue fielmente essa crença, onde o professor detém todo o conhecimento e sua obrigação é passar para os alunos (tabulas rasas), que têm como obrigação receber de forma calada, submissa esse conhecimento. Como se percebe, temos aqui o professor e o aluno, o primeiro sempre numa postura ditatorial e o aluno (criança) alguém que está aprendendo e que nada sabe, é uma folha em branco a ser preenchida.
O saber do aluno nesta forma pedagógica só é possível, se o mesmo imitar tudo o que o professor ordenar, ele dita o saber, estimula o aluno, e esse por sua vez balança a cabeça comunicando que entendeu tudo, sendo assim está aprendendo. Se confundir as coisas e querer se aproximar do professor ou de outro colega na busca de uma relação sociointerativa é coagido, porque o papel dele é só ficar calado e imitar, deve ficar o mais longe possível desse professor se fizer o contrário ele não está aprendendo nada e passa a ser o “vilão”. E aqui é que tá o problema porque sendo “vilão” vai ser perseguido, excluído, zombado e posto em castigo. Tudo isso porque o aluno no processo de aprendizagem não copiou o que o professor autoritário falou como nos diz Fernando Becker em Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos:
“Tudo o que o aluno tem a fazer é submeter-se à fala do professor: ficar em silêncio, prestar atenção, ficar quieto e repetir tantas vezes quantas forem necessárias, escrevendo, lendo, etc., até aderir em sua mente, o que o professor deu”.
Esse tipo de professor acredita no conceito equivocado da transmissão do conhecimento, conhecimento enquanto conteúdo, forma ou estrutura, fundamentada numa determinada epistemologia que ele julga está certo (Crença da gênese e do desenvolvimento do conhecimento). Esta velha forma de ensinar e que ainda é muito aplicada na educação atual, claro quê com menos rigor é um pouco perigoso, pois desacredita na forma ou capacidade que o aluno tem, e não a diálogo. O aluno torna-se um banco de dado onde a todo o momento é depositado aquilo que o professor julga ser o certo, mas enquanto as potencialidades do sujeito? Estas não existem? Claro que sim, elas precisam ser percebidas e valorizadas. Então, essa forma pedagógica, epistemologicamente falando ofusca as outras capacidades que o aluno tem principalmente sua capacidade de criação, e de relação com os demais colegas.
No filme Como estrelas na Terra Toda criança é especial, um belo filme comovente onde mistura arte e educação. Conta a história de um garoto (Ishaan Awasthi) de oito anos que sofre com dislexia (dificuldade na leitura, escrita e soletração), diagnosticado por um professor de artes Ram Shankar Nikumbh, mas antes de alguém perceber ou compreender esse problema Ishaan Awasthi, vive em conflito a todo momento seja na escola ou na família, “ler e escrever é um castigo para ele”, “comete sempre os mesmo erros”, tudo por conseqüência de um contexto sócio-histórico cultural onde a “ ordem, disciplina e trabalho é a chave do sucesso” como o próprio pai do garoto diz no filme.
O processo de aprendizagem de Ishaan antes do inesperado professor de artes aparecer, é uma educação calcada numa pedagogia, legitimada pela epistemologia empirista cujos efeitos colaterais podem ser:
“reprodução da ideologia; reprodução do autoritarismo, da coação, da heteronomia, da subserviência, do silêncio, da morte da crítica, da criatividade, da curiosidade. Nessa sala de aula, nada de novo acontece: velhas perguntas são respondidas com velhas respostas”.
Na casa de Ishaan não parece ser diferente, como vimos no filme, seu pai tem uma personalidade forte, a todo o momento o garoto é coagido por ser diferente, seja na escola ou na família e custa a ser compreendido, ele só precisa de alguém que o entenda e perceba que é especial e gosta de cores, peixes de aquário, cães e pipas, ou seja, de alguém que possa usar dessas coisas que mais lhe chamam a atenção para uma nova forma de educá-lo. O que falta aqui é ir para o campo das possibilidades, foi o que o novo professor de artes fez, primeiro quebrou o protocolo autoritarista e usou daquilo que as crianças mais gostam interatividade através da arte. Impressionados com o novo professor elas foram se abrindo aos pouco, e novas formas de conhecimento foram surgindo.
O olhar do professor para a individualidade de cada criança foi fundamental nesse novo processo de educação, por isso ele conseguiu descobrir qual era o problema maior do aluno (Ishaan), como ele já tinha passado por esta mesma situação, não foi muito difícil diagnosticar tal problema. Observar as soluções para esse determinado problema é muito importante, no filme o professor mostra muita sensibilidade e não se teme diante de tamanha responsabilidade, procura a família do garoto e a conscientiza sobre o que está se passando colocando numa postura de pai, até se confronta com o pai de ishaai que está educando o filho pra ser um competidor, fundado no trabalho e ordem não levando em consideração a idade da criança e nem as etapas do seu desenvolvimento infantil.
Chegamos num ponto importante onde família e escola se encontram, esta junção quando se dá de forma correta, o aluno, a criança, o futuro adulto a própria sociedade só tem a ganhar quando acontece o contrário surge mais um novo problema. Muitas vezes a família custa em aceitar os reais problemas de seus filhos, e isso refletirá na escola, essa não aceitação só dificulta o desenvolvimento educativo do aluno. A família do mesmo tem que se colocar como mediatizadora e responsável nesse processo de aprendizagem, essa interatividade pode ser uma maneira interessante para educação de ambos.
O professor não deve colocar-se como o único mediador do conhecimento, existem muito outros meios, e através desses, conduzir o aluno para um nível de aprendizagem contextualizada a partir de sua realidade sócio-histórico, para que possa chegar ao conhecimento almejado. Aquilo em que Vygotsky com sua abordagem sociointerativa nos propõem, segundo a qual o desenvolvimento humano se dá através dos processos de interação e mediação. O aluno precisa relacionar-se com seus demais colegas, compartilhar conhecimentos, e se tratando de crianças isso passa a ser fundamental.
O educador tem que está atento as necessidades, aos conflitos internos ou situações que o aluno possa está passando no seu percurso de aprendizagem. Averiguar o porquê de não está progredindo, e levantar novas possibilidades de ensino numa avaliação continua da pedagogia que está sendo aplicada. Como o que está em jogo é o bem está e a aprendizagem do aluno é importante voltar para outros meios sócio-educativos não colocar os meros exercícios, provas e atividades como únicos meios de se chegar ao conhecimento.
O professor de artes Ram Shankar Nikumbh de forma surpreendente desarmou, desconstruiu a forma pedagógica que antes era ensinada aos alunos, já foi chegando na sala de aula despertando neles a curiosidade através da arte de educar, conduziu-os a cantarem, levou-os a pularem nas cadeiras, saíram das quatros paredes da sala de aula para explorar o ambiente fora dela criando momento e espaço de criação, antes, tudo isso nem pensar, novas formas de ensinar trás novas formas de aprender, e a partir do novo, do inesperado as crianças aprendem, suas potencialidades passam a ser percebidos no caso de Ishaan seu dom e bom gosto pela arte, fruto da diferente forma pedagógica de ensinar, valorizando a diversidade e as potencialidades de cada um.
Nesse processo de aprendizagem a linguagem é fundamental, o diálogo crucial, principalmente se tratando de professores de Língua Portuguesa e Literatura, a busca constante por novidade se faz necessário, uma vez que a língua está sempre em transformação. A partir da realidade cotidiana e sócio-cultural do educando, o professor pode buscar nas multimídias suportes para melhor dinamizar a importância da língua no meio social.
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